Tipos de rejunte: guia completo e qual escolher para cada ambiente

A escolha adequada entre os diferentes tipos de rejunte impacta não apenas a durabilidade de um revestimento, mas também a funcionalidade e estética do ambiente.

O rejunte desempenha um papel fundamental na vedação, impermeabilização e harmonização visual dos espaços, exigindo conhecimento técnico para uma seleção acertada.

Mas, qual tipo de rejunte escolher para cada ambiente? Além disso, quais as características de cada?

Neste conteúdo, explicamos qual a função do rejunte, sua importância e os diversos tipos atualmente comercializados. Ao final, apresentamos dicas de aplicação e cuidados.

Continue e descubra os tipos de rejunte e qual o melhor para cada ambiente!

Qual a função do rejunte?

O rejunte atua como elemento vendante entre as placas cerâmicas, prevenindo infiltrações e formação de fissuras.

Além disso, a aplicação de rejunte também compensa diferenças dimensionais entre peças, facilitando o alinhamento e proporcionando acabamento uniforme.

Os diversos tipos de rejuntes combinam em sua composição cimentos, agregados minerais, polímeros e aditivos específicos que, em contato com água, formam uma massa homogênea e maleável.

Essa versatilidade permite diferentes formulações para atender necessidades específicas de cada aplicação.

Atualmente no mercado estão disponíveis:

• Rejunte cimentício;
• Rejunte acrílico;
• Rejunte epóxi.

Rejunte cimentício

O rejunte cimentício é uma opção mais tradicional e econômica entre os tipos de rejunte.

Sua composição inclui cimento, areia fina, pigmentos minerais e aditivos poliméricos em proporções balanceadas.

Essa formulação resulta em acabamento com característica áspera e rugosa, conferindo aspecto rústico aos ambientes.

Vantagens:

• Custo acessível e ampla disponibilidade;
• Facilidade de aplicação e correção;
• Compatibilidade com diversos tipos de revestimentos;
• Variedade cromática satisfatória.

Desvantagens:

• Porosidade elevada favorece acúmulo de sujidades;
• Necessidade de manutenção frequente;
• Susceptibilidade à formação de manchas;
• Menor resistência à umidade constante.

Este tipo é especialmente indicado para áreas secas como dormitórios, corredores e salas, onde o contato com água é mínimo.

No entanto, para ambientes levemente úmidos, recomenda-se aplicação de seladores específicos, embora também demande reaplicação periódica.

Rejunte acrílico

Já o rejunte acrílico incorpora resinas acrílicas em sua formulação, aumentando significativamente suas propriedades técnicas.

Essa adição garante um acabamento liso, maior resistência à formação de fungos e facilidade superior de limpeza.

Principais benefícios:

• Acabamento liso e uniforme;
• Resistência a fungos e bactérias;
• Facilidade de limpeza e manutenção;
• Impermeabilidade adequada para áreas úmidas.

Limitações identificadas:

• Custo superior ao cimentício;
• Menor flexibilidade comparado ao epóxi;
• Restrições para ambientes com umidade extrema;
• Incompatibilidade com algumas aplicações específicas.

O tipo de rejunte acrílico é indicado para cozinhas, lavanderias e garagens cobertas, onde a exposição à umidade é moderada.

Além disso, sua capacidade de manter a superfície lisa facilita a limpeza diária, aspecto fundamental em ambientes que demandam atenção constante.

Rejunte epóxi

Entre os tipos de rejunte existentes, o epóxi é o que apresenta a tecnologia mais avançada.

Sua formulação com resina epóxi e catalisador específico resulta em material completamente impermeável, com durabilidade excepcional.

Características distintivas:

• Impermeabilização total;
• Resistência química excepcional;
• Facilidade máxima de limpeza;
• Durabilidade prolongada.

Considerações importantes:

• Investimento inicial elevado;
• Aplicação complexa exigindo profissionais especializados;
• Tempo de trabalho limitado após mistura;
• Remoção dificultada após endurecimento.
• Este tipo de rejunte é recomendado para ambientes constantemente expostos à água, como banheiros, áreas externas e proximidades de piscinas.

Outro ponto positivo é que sua resistência a produtos químicos de limpeza e agentes agressivos justifica o investimento em aplicações críticas.

Critérios técnicos para a escolha do tipo de rejunte

O tipo de revestimento influencia diretamente a seleção. Por exemplo, porcelanatos e mármores respondem melhor à aplicação de rejuntes lisos (acrílico ou epóxi), enquanto cerâmicas rústicas podem aceitar acabamentos com maior textura.

Além disso, rejuntes cimentícios acomodam juntas de 1mm a 10mm, acrílicos trabalham adequadamente entre 1mm e 3mm, enquanto epóxis requerem mínimo de 2mm para penetração adequada, limitando-se a 5mm devido à rigidez.

Vale lembrar que a exposição à umidade também impacta na escolha do tipo de rejunte.

Ambientes secos permitem rejuntes cimentícios, áreas moderadamente úmidas demandam acrílicos, e espaços constantemente molhados necessitam epóxis para performance adequada.

Cuidados na aplicação

Independentemente dos tipos de rejunte selecionados, a aplicação correta é fundamental para um resultado satisfatório, tanto estético quanto funcional.

O período de cura do revestimento deve ser respeitado, sendo indicado tradicionalmente 72 horas, mas podendo ser reduzido com argamassas de cura rápida.

Além disso, o excesso de água provoca retração e comprometimento da vedação, enquanto a insuficiência dificulta a aplicação e reduz a trabalhabilidade.

Para rejuntes acrílicos e epóxis, a ausência de adição de água é crítica, pois estes produtos já possuem consistência adequada para aplicação direta.